Folha de S. Paulo


Mais magra, presidente diz que 'fecha a boca e faz ginástica'

Pedro Ladeira/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff, durante entrevista à imprensa após entrega de credenciais de novos embaixadores
A presidente Dilma Rousseff, em entrevista à imprensa após entregar credenciais a novos embaixadores

Visivelmente mais magra, a presidente Dilma Rousseff brincou nesta sexta-feira (20) com o resultado da dieta que está fazendo desde o fim do ano passado.

Na primeira entrevista que deu em seu segundo governo, a presidente foi elogiada pelos jornalistas e disse: "Fiz duas coisas: a gente fecha um pouquinho a boca e faz um pouco também de ginástica", disse.

De terno preto, ela recebeu as credenciais de cinco embaixadores que começaram a atuar no Brasil recentemente, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Dilma mudou sua alimentação no fim do ano passado com o intuito de perder 13 quilos até o dia de sua posse no segundo mandato. No entanto, até o início de janeiro, a presidente havia emagrecido apenas 6 quilos, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo.

A dieta foi indicada pela presidente para as ministras Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres) e Kátia Abreu (Agricultura) e para a ex-ministra do Planejamento Míriam Belchior, mas já tem outros adeptos na Esplanada, como o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo.

A dieta, que custa cerca de R$ 1.900 por mês, propõe o corte de alimentos como farinha branca, doces e carboidratos e restringe a quantidade e o tipo de comida que cada pessoa pode comer, dependendo da fase em que está no regime. A dieta receitada a Dilma é da clínica Ravenna, do endocrinologista argentino Máximo Ravenna –moda em Brasília entre os que desejam perder peso com segurança.

QUEBRA DE SILÊNCIO

Amplamente criticada pelo PT e até mesmo por seus assessores mais próximos por ter ficado em silêncio durante tanto tempo, Dilma deu nesta sexta a primeira entrevista de seu segundo governo. A aparição faz parte da estratégia defendida por ministros de seu núcleo político de que ela deve falar mais diretamente à sociedade para amenizar as críticas ao seu governo.

A presidente completou 60 dias sem falar com a imprensa, o maior período de silêncio desde que assumiu a Presidência, em 2011. Até então, ela havia passado 38 dias sem falar com jornalistas em janeiro de 2012.

Neste período, ela apenas discursou publicamente na sua cerimônia de posse, em 1º de janeiro; na reunião ministerial que promoveu em 27 de janeiro, durante a cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos); realizada em San José, na Costa Rica; em 29 de janeiro; e na cerimônia de inauguração da primeira Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande (MS), em 3 de fevereiro.

Na reunião ministerial, Dilma fez um apelo aos ministros para que "travem a batalha da comunicação" para defender os projetos do governo.

"Nós devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação sempre e permanentemente. Vou repetir: sempre e permanentemente. Nós não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastre. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública, a posição do ministério, a posição do governo à opinião pública. Sejam claros, sejam precisos, se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas", afirmou à época.


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