Folha de S. Paulo


Vaccari recusou-se a abrir a porta e policiais tiveram que pular muro

Os policiais federais encarregados de conduzir João Vaccari Neto à superintendência da PF, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (5), tiveram que pular o muro da casa do tesoureiro do PT. No primeiro momento, Vaccari não abriu a porta de sua residência para os agentes.

Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi conduzido a prestar depoimento sobre eventuais doações feitas à legenda por empresas investigadas pela Operação Lava Jato, acusadas de participar de esquema de corrupção na Petrobras. Como Vaccari foi alvo de mandados de condução coercitiva, ele não tinha a opção de não comparecer.

Depois do depoimento, Vaccari disse, por meio de seu advogado, que "há muito ansiava pela oportunidade de prestar os esclarecimentos que nesta data foram apresentados à Polícia Federal para, de forma cabal, demonstrar as inúmeras impropriedades publicadas pela imprensa nos últimos meses, envolvendo seu nome".

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O mandado foi expedido com base na delação premiada de Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de engenharia da Petrobras, que firmou acordo com a Justiça.

Na delação, Barusco estima que o PT tenha recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras.

O delator disse que, João Vaccari Neto, como é o tesoureiro do partido, teve "participação" no recebimento desse suborno e ficou, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões.

Tanto Vaccari quanto o PT negam irregularidades.

Vaccari reiterou, por meio de nota emitida por seu advogado, que o PT não trabalha com caixa dois e não tem conta no exterior.


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