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Presidente da Câmara será eleito no domingo; saiba a importância do cargo

Fotomontagem/Folhapress
Os candidatos à presidência da Câmara dos Deputados Júlio Delgado (PSB), Chico Alencar (PSOL), Eduardo Cunha (PMDB) e Arlindo Chinaglia (PT)
Os deputados Júlio Delgado (PSB), Chico Alencar (PSOL), Eduardo Cunha (PMDB) e Arlindo Chinaglia (PT), que disputam a presidência da Câmara em eleição neste domingo; o mandato é de dois anos

Os deputados federais irão escolher o novo presidente da Câmara neste domingo (1º). A eleição ocorre após a posse para o mandato 2015-2018, que se inicia também no domingo.

Há quatro nomes na disputa. Quem vencer comandará a Casa durante nos próximos dois anos.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desponta como o favorito. Embora seu partido seja da base aliada do governo, não conta com a simpatia do Planalto, que vê nele um viés oposicionista. O candidato petista é Arlindo Chinaglia (SP), que já presidiu a Câmara no biênio 2007-2008.

O candidato da oposição é Júlio Delgado (PSB-MG). Sua candidatura, porém, tem perdido espaço; vários deputados da oposição ou do chamado bloco independente passaram a apoiar Cunha. Os líderes da oposição trabalham para reverter o quadro.

Também concorre Chico Alencar (RJ), do PSOL.

No mesmo dia, ocorre a eleição para a presidência do Senado, onde a tradição é o partido com a maior bancada –no caso, o PMDB indicar o candidato. O atual presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), tenta a reeleição. Seu correligionário Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) também pretende concorrer, mesmo sem o aval do partido.

A corrida na Câmara é mais disputada. Quem preside a Casa tem atribuições de relevância. É, por exemplo, o terceiro na linha de sucessão presidencial na ausência tanto do presidente da República quanto do vice. Também é quem decide o andamento ou não de um processo de impeachment.

Com a esperada chegada de denúncias da Operação Lava Jato ao STF (Supremo Tribunal Federal), terá ainda mais destaque, já que dezenas de parlamentares podem ser implicados no escândalo de corrupção na Petrobras.

O ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que firmou acordo de delação premiada, disse a deputados que teria citado de 35 a 40 políticos envolvidos. Na Câmara, o presidente tem o poder de arquivar ou dar prosseguimento a processos de cassação de deputados.

Editoria de Poder


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