Folha de S. Paulo


Sobre estatal, Dilma diz que pessoas, e não firmas, devem ser punidas

Ao discursar, a presidente Dilma Rousseff disse que é preciso "saber punir" sem enfraquecer a Petrobras e sem destruir empresas privadas.

Ela afirmou que as punições não podem afetar o crescimento do país e os empregos, reiterando que quem deve ser punido são "pessoas".

"Ser capaz de combater a corrupção não significa, não pode significar, a destruição de empresas privadas. As empresas têm de ser preservadas. As pessoas que foram culpadas é que têm que ser punidas, não as empresas."

No ano passado, porém, o governo conseguiu aprovar no Congresso a Lei Anticorrupção, que estipula punição às empresas por corrupção.

A Petrobras enfrenta o maior caso de corrupção de sua história desde a deflagração da Operação Lava Jato. Ex-diretores e empreiteiros foram presos acusados de participar de um esquema de desvios envolvendo a estatal.

A presidente afirmou que a petroleira já vinha passando por um processo de "aprimoramento de gestão" e que a operação só reforçou a determinação da empresa de melhorar sua governança.

"Temos que saber apurar, temos que saber punir. Isso tudo sem enfraquecer a Petrobras, nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro do país."

Dilma insinuou, sem citar nomes, que a crise pode ser uma forma de prejudicar a estatal: "Toda vez que se tentou desprestigiar o capital nacional estavam tentando na verdade diminuir a sua independência, diminuir a sua concorrência e nós não podemos deixar que isso ocorra".


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