Folha de S. Paulo


Para ministro, críticas de Marta ao PT é 'tema superado'

O ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) minimizou as críticas ao PT feitas pela ex-ministra da Cultura e agora senadora, Marta Suplicy (PT-SP). Para ele, o tema já foi superado e o partido demonstra ser uma sigla forte e vitoriosa no país.

"Este é um tema superado. A partir da qualidade da representação vista na posse do ministro Juca Ferreira [Cultura], tanto da parte cultural quanto do governo, vemos que é um tema superado", afirmou Rossetto nesta terça-feira (13). Ele participou de um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

Ferreira assumiu a pasta nesta segunda-feira (12). No total, 12 ministros, dentre eles Rossetto, compareceram à cerimônia. Ninguém quis se posicionar sobre o caso, mas pontuaram seu apoio a Juca marcando presença em sua posse.

"Marta saiu há mais tempo do governo. Estamos muito bem com o ministro Juca. Todos nós estamos entusiasmados com a capacidade de trabalho do ministro", afirmou.

A senadora afirmou que "ou o PT muda, ou acaba", em trecho de entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", além de fazer críticas à presidente Dilma Rousseff.

O Palácio do Planalto avalia que ela decidiu fazer críticas ao PT em busca de uma justificativa para deixar o partido e sair candidata a prefeita em São Paulo por outra sigla.

Na contramão do que disse Marta, Rossetto avaliou que o PT passa por uma atualização permanente e, assim, é um "partido vitorioso".

"O PT vive um momento em que passa, como partido, por um processo permanente de atualização, de avaliação. Aprende com seus erros e com seus acertos. O PT é vitorioso. Elegemos a presidenta da República, o presidente pela quarta vez seguida, temos a maior bancada da Câmara. Isso dá a força e o vigor do partido com a sociedade brasileira", disse.

O ministro, no entanto, reconheceu que a sigla enfrenta problemas. "Mesmo assim, tivemos derrotas importantes em São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul", afirmou.

SUCESSÃO

Rossetto disse ainda que o partido está construindo uma agenda de futuro para se preparar para os próximos anos de governo.

Ele, no entanto, evitou falar sobre a sucessão presidencial que já começa a se desenhar para 2018. Segundo Rossetto, todos os integrantes do governo estão "150% comprometidos com o mandato de Dilma Rousseff e dos novos governadores".

"Estamos comprometidos com governos que se iniciaram. Estamos iniciando um novo ciclo político. Estamos focados em uma agenda de futuro", disse.


Endereço da página:

Links no texto: