O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta quarta-feira a delação premiada do doleiro Alberto Youssef ao relator dos processos da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki. Caberá ao ministro homologar a delação.
Com o envio e futura homologação, caberá a Janot pedir aberturas de inquéritos contra os políticos detentores de foro privilegiado (deputados, senadores e ministros de Estado) citados nas delações.
A princípio, o procurador trabalhava com a expectativa de apresentar os pedidos de abertura de inquéritos, e em alguns casos a própria denúncia, ainda em 2014. Mas, como diversas informações chegam todos os dias aos investigadores da Lava Jato, o procurador já tem admitido a alguns interlocutores que o pacote pode ficar para o início do ano que vem.
| Geraldo Magela - 18.out.2005/Agência Senado | ||
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| O doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato |
CHECAGEM
Também nesta quarta, Zavascki enviou um de seus juízes auxiliares a Curitiba (PR) para conversar com Youssef.
De acordo com a lei, cabe ao juiz, antes de homologar delações, verificar se o delator não foi forçado ou ameaçado a depor.
O advogado de Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto confirmou a ida de um juiz.
De acordo com Basto, a conversa durou cerca de uma hora e ocorreu no Hospital Santa Cruz, em Curitiba, onde Youssef está internado para fazer exames.
"Eu não posso falar mais sobre isso, mas está tudo certo. Meu cliente nunca foi obrigado a fazer nada, jamais. Nunca houve pressão ou agressão para ele falar".