Folha de S. Paulo


Grupo fracassa na tentativa de encontrar mortos e desaparecidos

Tratado como prioridade no início da Comissão Nacional da Verdade, a busca para localizar mortos e desaparecidos da ditadura fracassou. Somente um único militante, que estava enterrado como indigente em Brasília, foi encontrado pelo grupo em 31 meses de investigação.

Para o grupo, o principal motivo do insucesso foi a falta de colaboração das Forças Armadas. "Os militares têm conhecimento para onde esses corpos foram levados, mas infelizmente eles não quiseram colaborar", afirmou o coordenador Pedro Dallari.

Exército, Marinha e Aeronáutica também se fecharam na hora de fornecer informações sobre a ditadura –os comandantes militares alegaram não possuir documentos do período, informação recebida com ceticismo pelos comissários.

Divergências também marcaram a comissão. O ex-procurador Cláudio Fonteles se demitiu em junho de 2013, sendo substituído por Dallari. O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Gilson Dipp saiu por problemas de saúde. A presidente Dilma nunca indicou um substituto para o seu lugar, o que deixou o grupo com seis integrantes, um a menos que o previsto.


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