Folha de S. Paulo


Engevix nega propina e diz que Youssef trabalhava

Na contramão de pelo menos três empreiteiras que já admitiram à Polícia Federal que os pagamentos para o doleiro Alberto Youssef não correspondiam a qualquer serviço prestado, a Engevix Engenharia disse por escrito à força-tarefa da Operação Lava Jato que o doleiro executou múltiplas tarefas técnicas em benefício da empresa.

A Engevix reconheceu ter pagado R$ 3,2 milhões a duas firmas de Youssef.

Em petição protocolada no inquérito específico da PF de Curitiba (PR) sobre a Engevix, os advogados Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalves Perez descreveram as tarefas do doleiro: "Os serviços prestados abrangiam elaboração de estratégia organizacional, recomendações sobre como encaminhar demandas e formular propostas ao cliente, e vice-versa, sugestões acerca de como encaminhar as inúmeras exigências e demandas vindas da Petrobras".

A defesa diz que "este serviço era prestado pelo senhor Alberto Youssef e devidamente formalizado por contrato".

A petição é datada de 27 de outubro. No último dia 14, a Lava Jato prendeu três executivos da Engevix, incluindo o seu vice-presidente, Gerson Almada. A defesa do empreiteiro nega irregularidades e diz que a sua prisão é arbitrária e ilegal.


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