Folha de S. Paulo


Alckmin defende democracia e diz que intervenção militar não é aceitável

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (3) que não são aceitáveis protestos favoráveis a uma intervenção militar no país. O tucano lembrou que as pessoas têm o direito de se manifestar, mas ressaltou que a democracia deve ser fortalecida.

No sábado (1°), durante protesto favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), promovido na capital paulista, um grupo de manifestantes defendeu em cartazes e faixas a realização de uma intervenção militar.

"A manifestação é livre e as pessoas têm o direito de se manifestar, mas é evidente que nós, que lutamos tanto pela democracia, não podemos aceitar esse tipo de coisa. A democracia precisa ser fortalecida", afirmou.

O tucano avaliou que há atualmente uma "crise de legitimidade" no país, que precisa ser corrigida por meio de uma reforma política. Ele criticou o excesso de partidos no processo eleitoral e o modelo da eleição para cargos no Poder Legislativo.

"O que nós defendemos é o fortalecimento da democracia, para isso é necessário fazer mudanças na legislação", afirmou.

A defesa de uma intervenção militar foi inclusive criticada por outros manifestantes durante o protesto. "Não tem ninguém aqui golpista", disse ao microfone o cantor Lobão, que participou do ato.


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