Folha de S. Paulo


Governador reeleito da Paraíba defende apoio do PSB a Dilma

O governador reeleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), defendeu que o seu partido ajude a presidente Dilma Rousseff (PT) a governar pelos próximos quatro anos.

Em entrevista após a confirmação da sua vitória neste domingo (26), Coutinho afirmou que a manutenção do clima de campanha é "o pior que poderia acontecer ao país".

"Eu tenho uma posição [de apoio] que acho que o partido deve avaliar. O país saiu polarizado desta eleição e não podemos permitir que o palanque permaneça. Precisamos focar na administração", afirmou o governador.

Aliado do PT na Paraíba, Coutinho declarou apoio a Dilma no segundo turno, contrariando decisão do PSB nacional, que fechou com Aécio Neves (PSDB).

Ele obteve 52,61% do votos válidos, enquanto o candidato tucano Cassio Cunha Lima atingiu 47,39%.

Coutinho defendeu que o PSB faça uma "imersão" para discutir o seu futuro, avaliando as opções feitas na disputa deste ano.

"Eleição muitas vezes machuca, você é atacado, é deturpado e vai acumulando aquilo. Mas acho que há várias formas de você reagir", disse Coutinho, para quem o PSB deveria ter optado pela neutralidade no segundo turno.

Após a entrevista, o governador foi comemorar a vitória junto com a militância na praça do Busto de Tamandaré, região central de João Pessoa.

Milhares de pessoas tomaram as principais ruas da cidade, numa festa com direito a fogos de artifício, carreatas e trio elétrico.

NOVO MANDATO

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi reeleito para mais quatro anos de mandato, superando o senador e ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) no segundo turno.

Com 100% das seções apuradas, Coutinho conquistou 52,6% dos votos (1.125.956), ante 47,4% de Cássio (1.014.393). Votos em branco foram 1,85%; nulos, 6,08%, e abstenções, 18%.

O resultado inverteu o do primeiro turno, quando o tucano saiu vencedor conquistando 47,44% dos votos válidos (965.397), ante 46,05% de Coutinho (937.009)

O pessebista foi eleito numa aliança de 13 partidos, unindo na mesma chapa o DEM e o PT, partido do qual estava politicamente afastado desde 2010.


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