Folha de S. Paulo


PT aumenta teto de gastos da campanha em R$ 40 milhões

O PT ampliou em R$ 40 milhões o limite de gastos da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição. O custo do comitê passará dos R$ 298 milhões inicialmente previstos para R$ 338 milhões.

O tesoureiro da campanha, Edinho Silva, afirma no entanto que a ampliação do teto não representa um aumento direto das despesas da campanha presidencial em si. Mas o registro dos eventos montados pelas candidaturas estaduais –e pagos por elas– como uma doação dos comitês regionais à reeleição de Dilma.

É uma "vaquinha", em que o comitê nacional contabiliza como doação recebida os gastos que o comitê estadual teve para a montagem de palanques conjuntos e na distribuição de panfletos.

Os números mostram que a campanha do PT custou mais do que originalmente previa em todo o país.

No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o comitê eleitoral de Delcídio Amaral (PT) previu gasto de R$ 6 milhões. Mas já declarou R$ 13 milhões em despesas.

Além disso, com essa partilha, o comando do PT assume indiretamente as despesas de candidatos que arrecadaram abaixo do esperado, como é o caso do Estado de São Paulo.

O candidato Alexandre Padilha anunciou teto de R$ 92 milhões, mas nos dois primeiros meses de campanha somente tinha arrecadado R$ 4,2 milhões.

"A campanha de Dilma está ok. Você não vai encontrar contrato novo no CNPJ do comitê. Isso se chama doação presumida", declarou Edinho.

O novo teto ainda depende de autorização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Antes mesmo do aumento, o PT apresentou uma previsão superior à dos adversários. Aécio Neves (PSDB) registrou teto de R$ 290 milhões e Eduardo Campos (PSB), morto em agosto e substituído por Marina Silva, R$ 150 milhões.


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