Folha de S. Paulo


Sartori lidera no RS com 17 pontos à frente de Tarso, diz Datafolha

José Ivo Sartori, do PMDB, lidera a disputa do segundo turno no Rio Grande do Sul. O ex-prefeito de Caxias do Sul aparece 17 pontos à frente do atual governador, Tarso Genro (PT), segundo pesquisa Datafolha feita em parceria com o grupo RBS.

No levantamento realizado nesta quarta-feira (15), Sartori marcou 52%, contra 35% do candidato à reeleição. Os indecisos somam 7%, e os que pretendem votar em branco ou em nulo são 6%.
A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

No critério dos votos válidos, que exclui brancos, nulos e indecisos, o candidato do PMDB tem 60%, contra 40% do petista.

Editoria de arte/Folhapress

No primeiro turno, o peemedebista liderou a votação, com 40% dos votos. Tarso obteve 33%.

Segundo pesquisa desta quarta-feira, Tarso tem a maior rejeição: 41% dizem que não votariam nele de jeito nenhum, contra 20% do candidato do PMDB.

SURPRESA DA DISPUTA

A ascensão de Sartori dias antes da eleição surpreendeu o Estado e tirou da disputa a senadora Ana Amélia Lemos (PP), que tinha liderado a maioria das pesquisas ao longo da campanha. No primeiro levantamento do Datafolha, em agosto, o peemedebista aparecia com apenas 7% das intenções de voto.

Logo após o primeiro turno, Sartori conseguiu o apoio da coligação de Ana Amélia. O peemedebista fez aliança também com partidos como o PSDB e o DEM, isolando o PT. Na corrida a presidente, ele declarou apoio ao tucano Aécio Neves –no primeiro turno, havia apoiado Marina Silva (PSB).

A volta do horário eleitoral na TV, no último fim de semana, foi marcada por uma tentativa do PT de vincular Sartori a gestões passadas do PMDB no Estado.

O partido criou um personagem chamado "Lembrador", que já havia sido usado por petistas neste ano na eleição na Bahia, para atacar iniciativas de governos peemedebistas, como a privatização de rodovias.

Sartori diz que o partido adversário quer discutir o Estado apenas "olhando para o retrovisor". Nos dois debates já feitos, o peemedebista foi obrigado a mudar seu estilo brando, que marcou sua campanha no primeiro turno, e precisou responder aos ataques de Tarso. O petista afirma que o PMDB tem "tradição de maus serviços públicos" no Rio Grande do Sul.

O governador manteve sua estratégia de ligar sua campanha à da presidente Dilma Rousseff, que começou sua vida pública no Rio Grande do Sul. Na semana passada, Tarso promoveu um ato com ela em um bairro popular na região metropolitana de Porto Alegre. Ele organiza mais uma visita da presidente ao Estado antes da eleição.

O Datafolha ouviu 1.452 eleitores em 54 municípios gaúchos. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com os números RS-00028/2014 e BR-01098/2014.


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