Folha de S. Paulo


Após entrevista, Barroso proíbe Jefferson de fazer pronunciamentos

Uma decisão assinada nesta terça-feira (14) pelo relator do processo do mensalão, ministro Luís Roberto Barroso, proibiu que o ex-deputado Roberto Jefferson faça pronunciamentos políticos públicos no período em que deixa a prisão para trabalhar.

A decisão foi tomada após Jefferson ter dado entrevista à Folha dizendo que o escândalo da Petrobras é o "epílogo" do mensalão. Para Barroso, uma pessoa que está com seus direitos políticos cassados devido a uma condenação judicial em última instância não pode participar da vida política.

"Oficie-se ao Juízo delegatário para que advirta o condenado quanto à impossibilidade de realização, nos horários destinados ao cumprimento das tarefas laborais, de atividades estranhas àquelas previamente informadas pelo empregador à Vara de Execuções Penais, notadamente pronunciamentos políticos públicos, sob pena de revogação do benefício", diz decisão de Barroso.

Como o ministro não fez referência a manifestações políticas no Twitter, não está claro se ele poderá ou não seguir publicando opiniões na rede social.

O gabinete de Barroso ainda explicou que o delator do mensalão não está proibido de dar entrevistas para falar de outros temas. Elas podem acontecer, desde que autorizadas pelo juiz da Vara de Execuções Penais que cuida de seu processo.


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