Folha de S. Paulo


Ataques de Tarso marcam debate inaugural do segundo turno no RS

Em desvantagem na votação do primeiro turno, o governador Tarso Genro (PT) fez uma série de ataques ao peemedebista José Ivo Sartori no primeiro debate do segundo turno entre candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (14). O encontro foi promovido pela Rádio Gaúcha.

Após não ter ficado nem entre os dois primeiros colocados na grande maioria das pesquisas, Sartori surpreendeu no primeiro turno e atingiu 40,4% dos votos válidos. Tarso obteve 32,6%.

No debate na rádio, Tarso tentou vincular o adversário a ações de governos passados do PMDB, como privatizações, o acordo que regula o pagamento da dívida com a União e as concessões de rodovias para a iniciativa privada.

Sérgio Lima/Edu Andrade/Folhapress
Os candidatos Tarso Genro (PT), à esq., e José Ivo Sartori (PMDB), que farão o segundo turno no RS
Os candidatos Tarso Genro (PT), à esq., e José Ivo Sartori (PMDB), que farão o segundo turno no RS

Sartori disse que quer debater "olhando para o futuro" e que há "inverdades" ditas na campanha. Também afirmou que o atual governador busca "transferir responsabilidades" e "achar culpados".

Tarso falou que o peemedebista "patrocinou", como líder governista na Assembleia gaúcha, um acordo "humilhante" para o pagamento da dívida estadual feito no mandato de Antônio Britto (1995-98).

O petista tentou ainda vincular o rival ao governo da tucana Yeda Crusius (2007-10) e citou que uma secretária da gestão do PSDB já trabalhou com Sartori.

"Tem gente que eu acho que já perdeu a eleição porque fica divulgando quem será a nossa secretária", disse o candidato do PMDB.

Em diversos momentos, Sartori citou iniciativas de sua gestão na Prefeitura de Caxias do Sul, cidade que governou de 2005 a 2012. Tarso afirmou que o município, naquela época, devolveu verbas federais para a segurança.

O peemedebista disse que isso aconteceu porque havia "maracutaia" no programa federal Pronasci, que Tarso desenvolveu quando foi ministro da Justiça no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, de 2007 a 2010.

Tarso, por sua vez, afirmou que o adversário responde as perguntas "com generalidades" e que há incerteza sobre como agiria no governo. Também criticou o vice da chapa peemedebista, José Cairoli (PSD), que, disse, é contrário ao salário mínimo regional.

Os dois candidatos vão participar de outro debate na noite desta terça-feira. A propaganda de Tarso na TV vem criticando Sartori por ter solicitado o adiamento de encontros que aconteceriam na semana passada.


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