O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) não fará uma política ortodoxa e recessiva se reeleita para o segundo mandato. A afirmação foi feita em entrevista ao jornal "Valor Econômico", publicada nesta sexta-feira (10).
"Nós temos que fazer ajustes fiscais seletivos, inteligentes, que preservem os mais pobres e continuem o esforço de distribuição de renda e inclusão social", afirmou na publicação.
De acordo com o ministro, que entrou de férias para atuar como porta-voz econômico da campanha da petista, será preciso melhorar o diálogo com o setor privado. Na entrevista, ele afirma que Dilma tem feito reuniões com setores da indústria e lideranças.
Questionado sobre o crescimento do país nas gestões de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e da candidata à reeleição, Mercadante afirmou que os índices são parecidos diante de cenários tão diferentes.
"A média do crescimento da economia foi 2,3% nos anos FHC. A média de crescimento no período Dilma será de 2,1%. É muito próximo, mas num cenário econômico muito mais adverso."
Na terça-feira (7), o FMI reduziu projeção de crescimento do Brasil neste ano para 0,3%. O país teve a maior revisão para baixo entre as projeções de crescimento das 14 maiores economias do mundo feitas pelo fundo.
Questionado se o escândalo da Petrobras poderá definir o resultado das eleições, ele defendeu a candidata petista, dizendo que ela tem um histórico de combate à corrupção.