Folha de S. Paulo


Rollemberg e Frejat disputam 2º turno no DF; Agnelo fica fora

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), está fora da disputa à reeleição. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o candidato Jofran Frejat (PR) foram os escolhidos pelos eleitores da capital federal para o segundo turno da corrida ao Palácio do Buriti.

Rollemberg, candidato de Marina no DF, ficou na liderança. Com todas as urnas apuradas, ele teve 45,23% dos votos válidos. Jofran Frejat teve 27,97% e Agnelo, 20,07%.

Fotomontagem
Rodrigo Rollemberg (à esq.) e Jofran Frejat, que vão disputar segundo turno no DF
Rodrigo Rollemberg (à esq.) e Jofran Frejat, que vão disputar segundo turno no DF

Rollemberg afirmou, do comitê se sua campanha, após a apuração dos votos, que o resultado das urnas é sinal de que "está no caminho certo" e que Brasília foi muito "generosa" com ele.

Angelo reconheceu a vitória de seus oponentes e afirmou, em coletiva à imprensa depois de encerradas as apurações dos votos, que deve apoiar o candidato que a coligação escolher.

Foi a primeira vez que um governador em exercício eleito não vai para segundo turno no DF.

Um dos empecilhos para a reeleição de Agnelo foi a sua elevada taxa de rejeição. Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (4), 51% dos brasilienses disseram que não votariam de forma alguma no governador.

A taxa de rejeição de Frejat é de 26%, e de Rollemberg, 12%, pela mesma pesquisa.

Agnelo afirmou que é uma "excepcionalidade" não ter passado para o segundo turno, e que seu governo "sofreu toda ordem de perseguição" de seus opositores.

Essa é uma das maiores derrotas do PT na corrida a governos. O partido ficou para trás em outras disputas emblemáticas, como no Paraná, onde a candidata Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil, não emplacou, e em São Paulo, onde o candidato do partido foi o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Agnelo votou na manhã deste domingo, num colégio de Brasília, ao lado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que acompanhou o candidato a pedido da presidente Dilma Rousseff.

Questionado sobre seu destino a partir de agora, Agnelo afirmou que vai cumprir "rigorosamente" seu mandato, até 31 de dezembro, e entregar Brasília "linda e maravilhosa" para o seu sucessor.

RENÚNCIA

Rollemberg assumiu o primeiro lugar na disputa desde que o ex-governador José Roberto Arruda (PR), que liderava a corrida, retirou sua candidatura, barrado pela Lei da Ficha Limpa. Frejat assumiu a cabeça de chapa de Arruda, que indicou a mulher, Flávia, para vice-governadora.

Arruda renunciou à candidatura ao governo a menos de um mês das eleições, depois de ter a candidatura impugnada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), decisão mantida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do DF for improbidade administrativa, por envolvimento na Operação Caixa de Pandora, quando era governador do DF.

Reguffe (PDT) foi eleito senador no Distrito Federal.


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