Folha de S. Paulo


Polícia não registra ataques em Santa Catarina durante votação

O comando da Polícia Militar em Santa Catarina informou que nenhum atentado foi registrado no Estado durante as eleições deste domingo (5).

Apesar de os ataques iniciados há dez dias ocorrerem principalmente entre 22h e 5h, contra instalações da polícia e ônibus, havia a preocupação de que algum dos 3.900 pontos de votação virasse alvo.

No início do dia, mesários de uma escola de Joinville (a 173 km de Florianópolis) cujas cortinas haviam sido queimadas horas antes chamaram a polícia acreditando que se tratava de um atentado.

Mas a corporação, após análise do IGP (Instituto Geral de Perícias), classificou o evento como vandalismo e não o relacionou à onda de atentados.

O incidente na Escola de Educação Básica Georg Keller não afetou nenhuma urna, e a votação foi iniciada e transcorreu sem empecilhos durante o dia.

Entre 0h e 7h deste domingo, a Polícia Militar registrou sete atentados no Estado, que elevaram para 99 o número de ocorrências em 30 cidades. Nenhum deles teve relação com as eleições, segundo a corporação.

O comando da Polícia Militar em Santa Catarina informou, via assessoria, que nenhum outro atentado foi registrado no Estado entre 7h e 17h.

O diretor-geral do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) em Santa Catarina, Sérgio Manoel Martins, disse que esperava uma eleição tranquila porque o "planejamento foi intenso" e porque as forças de segurança "deram todo apoio necessário".

Jeferson Bertolini/Folhapress
Homens do Exército montam barreira no entorno do Instituto Estadual de Educação, um dos maiores postos de votação de Florianópolis
Exército monta barreira no entorno do Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis (SC)

POLICIAMENTO

As polícias Militar e Civil escalaram 15 mil policiais para atuar na operação eleições, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Devido à onda de ataques, as corporações tiveram reforço de mil homens do Exército e mais 33 da Força Nacional de Segurança.

Na Grande Florianópolis, a região mais atingida pelos ataques, o número de agentes de segurança nas ruas chamou a atenção de eleitores.

"É bom que tenha esse monte de polícia na rua. Eles (bandidos) não têm amor à vida e podem tentar fazer alguma coisa para chamar a atenção", disse a comerciante Valquíria Linhares, 54, que votou no centro de Florianópolis.


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