Folha de S. Paulo


Em conversa pelo Facebook, Marina volta a falar de sua origem social

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, recorreu mais uma vez nesta quarta-feira (17) à sua origem humilde para dizer que é vítima de preconceito dos adversários e que precisa "provar que é competente, que pensa" para se eleger ao Palácio do Planalto.

"Com minha origem social, tem que provar que é competente, que pensa, mas é isso aí...", afirmou a presidenciável em conversa ao vivo com internautas no Facebook, chamada de "face-to-face".

Nesta terça-feira (16), a campanha do PSB levou ao ar um programa de TV bastante emocional, como antecipou a Folha, em que Marina embarga a voz para dizer que uma pessoa que já passou fome, como ela, jamais acabará com o Bolsa Família. Trata-se de uma peça destinada a combater boatos segundo os quais a candidata interromperia o programa social criado pelo PT.

Desde que apareceu nas pesquisas como a única via capaz de vencer a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, Marina se tornou alvo da propaganda petista no rádio e na TV. "Não há como combater o marketing selvagem com argumentos, porque ele não tem limites. Todo dia tem um filmezinho contando uma história mentirosa. A única coisa que pode combatê-lo é o discernimento", disse a pessebista.

Sem citar nominalmente Dilma ou Aécio Neves (PSDB), seus principais adversários na disputal presidencial, Marina afirmou que a campanha dos rivais revela "medo e desespero daqueles que durante vinte anos se revesaram no poder".

A candidata se comprometeu a "desaparelhar" o Estado, mas disse que "não será possível" fazer isso em apenas quatro anos. Como é contrária à reeleição, diz que seu mandato será "o início do processo".

PETROBRAS

A presidenciável classificou como "um escândalo maior que o mensalão" o esquema de propina denunciado na Petrobras. Há dez dias, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa listou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), os líderes do Congresso e até o ex-governador Eduardo Campos, ex-companheiro de Marina na chapa ao Planalto, entre os políticos envolvidos.

Parafraseando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi aliada por vinte e quatro anos, Marina afirmou que "nunca antes na história desse país houve um esquema de corrupção tão grande como esse da Petrobras".


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