Folha de S. Paulo


Teori envia documentos da lava Jato à CPI, mas não cita depoimento de Costa

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou que cópias dos processos que estão em seu gabinete relativos à operação Lava Jato sejam enviados à CPI da Petrobras. Não revelou, contudo, se encaminhou os depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Em decisão sobre o pedido de informações da CPI, Zavascki diz que os processos são sigilosos, mas que existe a possibilidade jurídica de envio dos documentos desde que os integrantes da comissão de inquérito zelem pelo segredo do material.

O ministro, então, determina o envio, em até 48 horas, de todos os documentos relativos a dois processos. Um é uma reclamação em que Paulo Roberto Costa questiona o fato da Justiça do Paraná ser responsável pela Lava Jato; outro, uma petição que trata do envolvimento do deputado André Vargas (Sem partido) no caso.

Na decisão nada é dito sobre a delação de Costa. Nem Zavascki e nem a assessoria do STF esclareceram se o depoimento foi enviado à CPI da Petrobras.

DELAÇÃO

Costa fechou um acordo no dia 22 de agosto de delação premiada com os procuradores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que querem saber como os contratos da estatal eram superfaturados e como o valor a mais retornava para os políticos.

Segundo a revista "Veja", ele listou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), líderes do Congresso –como os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) –além do ex-governador Eduardo Campos entre os políticos envolvidos. O nome de Vaccarezza está entre os citados pelo ex-diretor da Petrobras.

Editoria de Arte/Folhapress

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