Folha de S. Paulo


Página de Dilma no Facebook critica Marina, uma 'evangélica fervorosa'

Com as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) numericamente empatadas na primeira colocação, ambas com 34% das intenções segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (29), a campanha petista partiu para o ataque contra a ex-senadora e ex-ministra do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Em texto publicado na página oficial de Dilma no Facebook na tarde deste sábado (30), intitulado "Incoerência crônica", Marina é chamada de "grande ponto de interrogação" e de "evangélica fervorosa".

A redação procura atacar a candidata pessebista em três pontos:

  1. A eliminação de trechos sobre a comunidade LGBT do programa de governo, divulgado na sexta (29);
  2. O pagamento do jatinho em que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos morreu por meio de empresas fantasma;
  3. E a defesa que Marina faz de um plebiscito para decidir sobre a legalidade ou não do aborto.

Com a polêmica em torno da mudança de seu programa de governo um dia após a divulgação inicial, Marina falou sobre o assunto. Em visita à favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, a candidata afirmou que "não foi uma revisão".

"Na parte LGBT, o texto que foi para redação foi a parte apresentada pelos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram propostas e se contemplou tanto quanto possível as propostas", disse.

Trata-se do primeiro ataque da campanha de Dilma a Marina por meio de canais oficiais. Textos criticando a ex-ministra do Meio Ambiente já haviam sido publicados no site Muda Mais, que é ligado ao comando da campanha petista, mas não tem caráter oficial.

Reprodução
Post publicado na página oficial de Dilma Rousseff (PT) no Facebook critica Marina Silva (PSB)
Post publicado na página oficial de Dilma Rousseff (PT) no Facebook critica Marina Silva (PSB)

'PLAYBOY'

Em janeiro deste ano, texto publicado na página oficial do PT nacional chamava o então presidenciável Eduardo Campos de "playboy".

Intitulado "A balada de Eduardo Campos", o artigo afirmava ainda que o governador era um "tolo" e que "vendeu a alma à oposição" ao descartar a aliança com o PT e decidir se lançar ao Palácio do Planalto.

"Ao descartar a aliança com o PT e vender a alma à oposição em troca de uma probabilidade distante –a de ser presidente da República–, Campos rifou não apenas sua credibilidade política, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo", dizia o artigo.

Diante da polêmica, na época, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o comando do partido passaria a monitorar os textos em canais oficiais, responsabilizando-se pelo conteúdo publicado.


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