Folha de S. Paulo


Sem declarar apoio a Dilma, Skaf divide palanque com petista em SP

Resistente a anunciar apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf, cedeu neste sábado (30) a pedido do vice-presidente Michel Temer e dividiu palanque com a petista no Encontro Estadual do PMDB em São Paulo, em Jales (SP).

No palco, o peemedebista sentou-se a três cadeiras de distância da presidente e citou a petista nos cumprimentos iniciais de seu discurso. O candidato evitou, contudo, anunciar apoio à candidatura dela e foi um dos poucos políticos que não a recepcionou na entrada do evento estadual.

Em estratégia esboçada pelo marqueteiro Duda Mendonça, Paulo Skaf tem buscado o voto em São Paulo de eleitores mais conservadores, que apresentam rejeição à petista. Nessa linha, tem evitado aparecer publicamente com a presidente ou declarar apoio à sua reeleição.

Sob pressão do vice-presidente, principal fiador de sua candidatura, o peemedebista compareceu ao evento. O candidato foi um dos primeiros a discursar e deixou o palco antes da fala da petista. De acordo com ele, teve de sair mais cedo porque tinha uma agenda de campanha marcada em Barretos (SP).

Zanone Fraissat/Folhapress
O candidato ao governo de SP Paulo Skaf discursa ao lado da presidente Dilma Rousseff e de Michel Temer, vice-presidente
O candidato em SP Paulo Skaf discursa em palanque com a presidente Dilma e o vice Michel Temer

"Eu já disse e repito: aqui não é palanque de ninguém. Não é um evento da candidatura da presidente Dilma Rousseff e não é um evento de nossa candidatura. Não estou aqui para estar em palanque de ninguém", afirmou o peemedebista no início do evento.

O candidato chegou ao encontro estadual antes da presidente. Em uma conversa com aliados, afirmou que não compareceria ao local se fosse um evento apenas do PT. Em âmbito federal, os dois partidos são aliados, mas, na disputa em São Paulo, são adversários.

"Eu não torço por nenhum adversário nenhum. São Paulo está cansado da polarização entre PT e PSDB. Eu não torço nem pelo PT nem pelo PSDB", disse.


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