O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avaliou nesta sexta feira (29) que não há nenhuma "crítica" ou "ofensa" na inserção que levou ao ar na última quarta (27), em que cita os ex-preitos da capital Gilberto Kassab (PSD) e Paulo Maluf (PP) para atacar seu adversário Paulo Skaf (PMDB).
Segundo o tucano, a peça eleitoral trata de um fato. Ele negou que tenha pedido para não exibi-la novamente.
No entanto, a Follha apurou que o governador censurou a sua equipe de publicidade e pediu para suspender a inserção televisiva.
A propaganda acusava o peemedebista de "esconder" aliados como os ex-prefeitos e o ex-governador Luiz Antônio Fleury (PMDB).
"Skaf esconde, mas ele está com Kassab, com o Maluf e esconde até o Fleury, aquele governador que quebrou São Paulo e hoje é chefe de sua campanha. Skaf: um novo caminho ou um novo problema?", diz o texto do filme.
Alckmin não tinha visto a peça e não foi avisado sobre detalhes de seu conteúdo. Assessores disseram apenas que iriam "subir o tom" para mostrar "quem era Skaf".
O tucano só soube do ataque a Kassab e Maluf depois de a propaganda ser exibida.
Alckmin reprovou a abordagem. Kassab foi cotado por meses para ocupar a vaga de vice na chapa do governador, que acabou ficando com Márcio França (PSB).
Maluf indicou o presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) e seu aliado só deixou o posto próximo ao período eleitoral.
O ex-prefeito também reagiu ao filme. Ele entrou em contato com pessoas ligadas a Alckmin. Lembrou que prefeitos do PSD apoiam o governador e disse que julgava inadequado um ataque dessa proporção a essa altura da disputa. Kassab concorre ao Senado pela chapa de Skaf.