Folha de S. Paulo


Adversários de Alckmin atacam programas tucanos com paródias

Em ataques cada vez mais diretos, as campanhas dos dois principais adversários eleitorais do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), adotaram a linha de satirizar programas e slogans do tucano para criticar a gestão do Estado.

Nesta sexta-feira (29), o peemedebista Paulo Skaf e o petista Alexandre Padilha usaram parte do tempo de horário gratuito de rádio em provocações ao que é apresentado na propaganda de Alckmin. O governador venceria em primeiro turno no Estado com 55% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha. Skaf tem 16% e Padilha, 5%.

No rádio, a propaganda de Skaf fez paródia do principal jingle da campanha de reeleição do tucano, "Andou geral", com o título "parou geral". Com versos como "parou geral, que governo tão chinfrim / parou geral, ai, ai de mim", a letra faz menção a obras atrasadas, paralisadas e dados negativos no transporte, segurança e abastecimento. São citados o aumento do número de furtos e roubos, a crise da água e entrega de menos trechos de metrô que o prometido.

A peça de Padilha veiculou um quadro chamado "o povo detecta", em referência ao programa de monitoramento da violência "Detecta", uma das vitrines da campanha de segurança pública do governador. Na propaganda, pessoas falavam que se sentiam inseguras no Estado e relatavam situações em que foram vítimas de crimes.

O petista já teve uma propaganda suspensa em decisão provisória do juiz Marcelo Coutinho Gordo, do TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Ex-ministro da Saúde, o candidato dizia que criou o programa Mais Médicos e Alckmin o "Mais Crime". Padilha disse que irá recorrer.

A publicidade de Alckmin priorizou os feitos da sua gestão em saúde e deu uma breve cutucada em Skaf, ao dizer que o PSDB encontrou a área quebrada quando assumiu o Estado. Os tucanos substituíram o PMDB no comando de São Paulo em 1995.

No fim da propaganda, o vice-candidato da presidenciável Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, pediu votos para o governador e disse que o presidenciável Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo, via em Alckmin "o exemplo de homem público que todos desejamos". O depoimento, já exibido na TV, desagrada aliados do candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves.


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