Citado em uma propaganda do PSDB como "aquele governador que quebrou São Paulo", Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB) pedirá direito de resposta no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado.
A menção ocorreu porque o ex-governador atua como coordenador da campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao Palácio dos Bandeirantes.
Acompanhando Skaf em encontro na seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nesta quinta-feira (28), Fleury classificou os ataques tucanos como "desespero absoluto", causado pela última pesquisa Ibope, divulgada na terça (26).
Nela o candidato peemedebista cresceu de 11% para 20% e diminuiu em nove pontos percentuais a distância para o candidato à reeleição, governador Geraldo Alckmin (PSDB), que está em primeiro com 50% dos votos. Agora, a vantagem do tucano sobre Skaf está em 30 pontos percentuais.
"Isso mostra o canibalismo do PSDB", disse Fleury à Folha, segundo o qual os tucanos tentam tirar "esqueletos do armário". "E nesses 20 anos [de governadores do PSDB] tem muito esqueleto."
Na quarta-feira (27), Skaf fez menção ao fato de Alckmin já ter sido filiado à sua sigla. "O PMDB de 20 anos atrás foi o do Geraldo Alckmin", disse, em encontro do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). "Ele que foi prefeito, vereador e deputado estadual pelo PMDB." O governador foi filiado ao partido até 1988, quando mudou para o PSDB.
Assista ao vídeo em tablets e celulares
A primeira peça do PSDB, de 15 segundos, foi ao ar na manhã de quarta. No vídeo, um narrador questiona se Skaf é "um novo caminho" –referência ao slogan da campanha peemedebista– ou "um novo problema", ao associá-lo a três de seus aliados: os ex-prefeitos Paulo Maluf (PP) e Gilberto Kassab (PSD) e o ex-governador Fleury.
"O Skaf esconde, mas ele está com o Kassab, com o Maluf e esconde até o [Luiz Antônio] Fleury, aquele governador que quebrou São Paulo e hoje é chefe de sua campanha. Skaf, um novo caminho ou um novo problema?", questionou o narrador do filme eleitoral.
À noite, o PSDB voltou à carga contra Fleury, no horário eleitoral. No vídeo, um narrador afirma que "São Paulo estava doente" quando era governado por Luiz Antônio Fleury, entre 1991 e 1995. "No governo Fleury, a saúde em São Paulo quebrou", criticou o filme eleitoral.
"O governador que conseguiu quebrar São Paulo é o chefe da campanha do Skaf. Isso significa que o Fleury vai mandar nessa história. Agora, o que o Skaf, que não tem experiência de governo, quer aprender com o Fleury?", questionou um ator.
Os peemedebistas avaliam como positivo o início dos ataques por parte de Alckmin. Internamente, a campanha de Skaf considera que os tucanos estão preocupados com o crescimento nas pesquisas.