Folha de S. Paulo


Campanha de Alckmin eleva tom contra Skaf e ex-aliados do PSDB

No dia seguinte à divulgação de pesquisa de intenções de voto que mostrou o crescimento de Paulo Skaf (PMDB) na disputa ao governo paulista, a campanha à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) elevou as críticas contra o peemedebista e atacou as alianças eleitorais do adversário.

Em inserção televisiva, divulgada na manhã desta quarta-feira (27), a campanha do tucano utilizou ex-aliados do governador, como os ex-prefeitos da capital paulista Gilberto Kassab (PSD) e Paulo Maluf (PP), para criticar o pemedebista.

"O Skaf esconde, mas ele está com o Kassab, com o Maluf e esconde até o [Luiz Antônio] Fleury, aquele governador que quebrou São Paulo e hoje é chefe de sua campanha. Skaf, um novo caminho ou um novo problema?", questionou o narrador do filme eleitoral.

No início do ano, o governador tentou fechar alianças à sua candidatura tanto com o PP, de Maluf, como com o PSD, de Kassab. As duas siglas, no entanto, decidiram apoiar o candidato do PMDB.

Na noite desta quarta-feira (27), a campanha do tucano voltou a criticar o peemdebista no programa eleitoral televisivo. O alvo dos ataques foi o ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury (PMDB), coordenador da campanha do candidato à sucessão estadual.

De acordo com a propaganda televisiva, "São Paulo estava doente" quando era governado por Luiz Antônio Fleury, entre 1991 e 1995. "No governo Fleury, a saúde em São Paulo quebrou", criticou o filme eleitoral.

"O governador que conseguiu quebrar São Paulo é o chefe da campanha do Skaf. Isso significa que o Fleury vai mandar nessa história. Agora, o que o Skaf, que não tem experiência de governo, quer aprender com o Fleury?", questionou um ator.

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A pesquisa mais recente do Instituto Ibope, divulgada nesta terça-feira (26), mostrou a redução de 39 para 30 pontos percentuais na vantagem do tucano sobre o adversário.

Em comparação ao levantamento realizado no final de julho, o governador permaneceu com 50% das intenções de voto, enquanto o peemedebista subiu de 11% para 20%.

Os peemedebistas avaliam como positivo o início dos ataques por parte de Alckmin. Internamente, a campanha de Skaf considera que os tucanos estão preocupados com o crescimento nas pesquisas.


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