Cobrado em um debate com empresários pela resistência do PT às privatizações, o candidato do partido ao governo paulista, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (27) que é "totalmente favorável às concessões".
O petista disse que vai utilizar parcerias público-privado para alavancar projetos na área de infraestrutura, especialmente rodovias, além de investimentos para aeroportos regionais e expansão do metrô.
Padilha afirmou que ajudou a formatar o marco legal das chamadas PPS ainda no início do governo Lula, quando trabalhava na Secretaria de Relações Institucionais.
O candidato destacou que manteve a política em sua gestão no Ministério da Saúde, no governo Dilma Rousseff, lançando a concessão com "maior apelo" , que é a Farmácia Popular que garante remédio de graça. Segundo ele, a rede elevou de 2 milhões para 19 milhões de beneficiados.
"Sou totalmente favoráveis às concessões. Quero utilizar o modelo para as obras de infraestrutura de São Paulo. Desde o começo da campanha, eu defendi isso", afirmou.
"Eu participei de todas as PPPs iniciais dos governos estaduais [no governo Lula] e nos três anos da Saúde eu criei a PPP de maior apelo popular que é a Farmácia Popular, com remédio de graça", completou.
Ele aproveitou para atacar o modelo de concessão de rodovias do PSDB. "O PSDB fez os pedágios mais caros e não acompanha os contratos. Aliás, teve uma fala durante a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] da Assembleia Legislativa de São Paulo que não é fiscalizado qual o valor reajuste daquele momento", afirmou.
Segundo ele, o PT "cumpre prazo para a entrega da obra e não onera reajuste acima dos estabelecidos em contatos".
Questionado como pretende baixar os preços dos pedágios, o candidato afirmou que a alternativa é a fiscalização dos contratos para não permitir abuso. Ele disse que não haverá ruptura dos que estão em vigor.
"Vou respeitar os contratos existentes. Eu venho de uma visão dentro do PT que tem que respeitar os contratos existentes, mas vou fiscaliza-los", disse.
O petista participou de um encontro promovido pela Associação Comercial de Santos. A palestra reuniu pouco mais de 40 convidados.
No encontro, Padilha reforçou estratégia de sua campanha de carimbar na gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma administração atrasada e parada no tempo. Ele fez críticas na área de segurança e educação, além de referências a crise de desabastecimento que ameaça o Estado.