Em resposta a críticas feitas pela campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, disse nesta sexta-feira (22) que o tucano tem experiência de "mau costume na política" e questionou o uso dos recursos da saúde, educação e segurança.
O peemedebista afirmou, no horário político do rádio, que "acha graça quando os adversários falam de experiência como se fosse boa". "Que experiência é essa? Precisa de outro tipo de experiência, a experiência da eficiência", acrescentou.
As peças publicitárias de Alckmin têm questionado a competência dos principais adversários, Skaf e o petista Alexandre Padilha, que nunca foram eleitos para cargo público. "Ninguém vira governador de São Paulo da noite para o dia e Geraldo tem currículo. Algumas pessoas acham que dá para governar só com boa intenção", disse um locutor da campanha tucana na rádio na terça-feira (20).
Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, Skaf tem tentado se consolidar como o principal adversário do governador com ataques diretos. A campanha de rádio do PMDB desta quinta reproduziu novamente a fala veiculada na TV na terça, de que Alckmin governa sem "garra" e sem "tesão", além de ser meio frio e distante.
Skaf diz que sua experiência como empresário e presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Sesi e Senai já o credenciam para a disputa eleitoral.
PADILHA E ALCKMIN
Em vez de ataques diretos, a propaganda de Padilha no rádio preferiu repetir que ele tem experiência como ministro das Relações Institucionais no governo Lula e da Saúde no governo Dilma Rousseff. "Uma década de experiência no governo federal não é pra qualquer um não", diz um locutor.
Principal cabo eleitoral do candidato do PT, o ex-presidente Lula afirmou que escolheu Padilha quando "quis unir o governo no combate à pobreza".
A propaganda de rádio de Alckmin apostou em não responder aos concorrentes diretamente, mas em apresentar obras de gestão e dizer que "o PSDB que fez". A estratégia é reforçar que os 20 anos do partido à frente do governo foram positivos para o Estado.