Folha de S. Paulo


Na TV, Lula divide realizações com Padilha como fez com Dilma em 2010

Na estreia da propaganda eleitoral para a disputa ao Palácio dos Bandeirantes, o PT apostou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar as credenciais políticas de Alexandre Padilha para disputar o cargo.

Lula tenta colar em seu afilhado político vitrines eleitorais de seu governo, dividindo realizações como o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O ex-presidente afirmou ainda que teve uma "identificação rápida" ao conhecer seu afilhado político.

Padilha foi ministro de Lula entre setembro de 2009 e dezembro de 2010. Ele era responsável pela articulação política do governo com o Congresso. "Quando conheci aquele jovem corajoso, idealista, eu me identifiquei rapidamente com ele. Alguns anos depois, chamei o Padilha para ser meu ministro da coordenação politica. Ao meu lado, ele trabalhou para aprovar os principais projetos que mudaram esse país como Minha Casa e Minha vida", afirmou o ex-presidente, num depoimento gravado, vestindo terno e gravata.

Em seguida, o candidato completa o raciocínio de Lula afirmando que: "construímos as mudanças na área da educação e da saúde". A estratégia de dividir as realizações do governo Lula também foi adotada em 2010 para lançar o nome de Dilma Rousseff à Presidência.

A participação de Padilha no governo Dilma, como ministro da Saúde, também foi destacada, mas partiu do locutor do programa. "Com Dilma, Padilha foi ministro da Saúde por 3 anos, mas em pouco tempo realizou muito". Segundo interlocutores de Padilha, Dilma gravou um depoimento que será exibido em outros programas.

Os quatro minutos de propaganda foram marcados por forte tom emocional, com imagens de Padilha realizando atendimento médico na Amazônia e rodeado pela família. A trajetória do candidato é contada por sua esposa, Thássia Alves, por seu pai, Anivaldo Padilha, sua mãe, Léa, além de um professor.

Numa tentativa de mostrar que o candidato sempre esteve ligado desde a infância a vida democrática do país, o programa destacou que seu pai foi exilado e mantiveram contatos ao longo desse período por cartas e fitas cassetes.

Padilha optou por não fazer críticas aos adversários. "O Estado de São Paulo está diante de um desafio histórico de sabermos quais são as mudanças a serem feitas agora para que São Paulo seja o centro dinâmico do conhecimento, da economia cada vez mais produtiva, seja locomotiva da solidariedade, da inclusão do respeito as pessoas e seus direitos", disse.

E completou: "meu grande sonho é que São Paulo seja o Estado de oportunidade para todos. E todos possam aproveitar e participar de todas as oportunidades que o Estado tem para oferecer".

A propaganda começou com uma homenagem discreta ao ex-governador Eduardo Campos (PSB) morto em acidente aéreo, na semana passada, em Santos. "Esse programa é dedicado a todos os brasileiros que lutam por seus sonhos, em especial a Eduardo campos", afirmou o narrador.


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