Folha de S. Paulo


Tucanos e petistas avaliam que clima de comoção tende a diluir

Nos grupos de tucanos e petistas, a avaliação é que o clima de comoção com a morte do candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB) tende a diluir.

Ainda assim, pesquisas de tucanos e petistas colocam a ex-senadora Marina Silva, que era vice na chapa de Campos e assume a candidatura à Presidência pelo PSB, em segundo lugar nas intenções de voto, acima de Aécio Neves (PSDB).

Com a entrada de Marina Silva no lugar de Eduardo Campos na chapa liderada pelo PSB, interlocutores do comitê da candidatura petista e do Palácio do Planalto preveem dificuldades no tom do discurso que a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição adotará contra a ex-senadora.

Para manter a linha do "nós contra eles'', que vem sendo usada pela petista desde o início da corrida presidencial, aliados de Dilma ouvidos pela Folha admitem preferir enfrentar Aécio em um eventual 2º turno a encarar uma "zona nebulosa e imprevisível'', como definem o enfrentamento com Marina.

Segundo o Painel, dirigentes do PSB e da Rede estão vacinados para não tomar as primeiras pesquisas com o novo cenário eleitoral como medida das chances reais de Marina. O aliados também acreditam que o clima de comoção com a morte de Eduardo Campos deve se esvair até outubro. "Estamos no auge da emoção. Depois, as pessoas tendem a se acostumar", diz o novo presidente do PSB, Roberto Amaral.

Sobre a necessidade de esperar a comoção diminuir para poder analisar o quadro eleitoral, o candidato ao Senado pelo PDT no Rio, Carlos Lupi, disse que "é feito sujeito de piscina, tem que aguardar para decantar".

No sábado (16), a ex-senadora afirmou que a morte do aliado impõe a ela "responsabilidade" e que pretende manter os compromissos que definiu com Campos.


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