Folha de S. Paulo


Reprovação ao governo Dilma recua em SP

A reprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu um ligeiro recuo em São Paulo, Estado que concentra quase um quarto dos eleitores do país (22%), segundo o Datafolha.

A taxa dos que consideram seu governo ruim ou péssimo caiu de 39% em julho para 35% neste mês.

Editoria de Arte/Folhapress

A redução na reprovação coincide com o período em que Dilma aumentou as suas incursões ao Estado. Desde o último dia 31, a presidente passou seis dias em eventos na capital e no interior paulista. É uma estratégia para reduzir o seu índice de rejeição em São Paulo: 47% dizem que não votariam em Dilma de jeito nenhum.

A aprovação à sua gestão, no entanto, continua menor do que a avaliação negativa. Os que consideram o governo ótimo/bom somam 24%, uma oscilação de um ponto percentual em relação ao levantamento anterior (23%).

A margem de erro da pesquisa no caso de São Paulo é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

No Rio de Janeiro, a reprovação a Dilma oscilou para baixo, de 32% no último mês para 29% agora. Como a margem de erro no Rio é de três pontos percentuais, não dá para concluir que houve recuo na reprovação.
Os que avaliam o governo Dilma como ótimo/bom passou de 25% em julho para 24% neste mês.

Em Minas, Estado do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, a aprovação a Dilma supera aqueles que reprovam o seu governo. Enquanto 34% consideram o seu governo ótimo/bom, os que dizem que é ruim ou péssimo são 26%.

Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 11% do eleitorado.

Lá e em outros seis Estados não é possível traçar comparações porque é a primeira vez que o Datafolha faz esse tipo de pesquisa neste ano.

Dois Estados do Nordeste, Ceará e Pernambuco, têm as maiores taxas de aprovação ao governo.

No Ceará, o índice de ótimo/bom atinge 55% e é lá que Dilma recebe a melhor nota entre os oito Estados nos quais o Datafolha realizou a pesquisa: 7,2. Entre os cearenses que tem só ensino fundamental, a aprovação ao governo Dilma chega a 66%.

Em Pernambuco, 39% aprovam o governo, percentual praticamente idêntico ao do Rio Grande do Sul (38%), Estado em que Dilma ocupou cargos no governo estadual.

No Distrito Federal, Dilma teve a maior taxa de reprovação (40%) e recebeu a nota mais baixa (4,7).

DIVISÃO

O Paraná é o Estado em que o eleitorado aparece mais dividido sobre a avaliação a Dilma: um terço dos eleitores consideram o seu governo ruim/péssimo e 31% o avaliam como ótimo ou bom.

Como a margem de erro naquele Estado é de três pontos percentuais, há um empate entre os que aprovam e os que reprovam o governo.


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