Folha de S. Paulo


'Dona Renata', viúva de Campos, fala pouco e cultiva imagem de mãe

Discreta, ela fala pouco, mas ouve e vê muito. Renata Campos, 46, a viúva de Eduardo Campos, morto em um acidente de avião nesta quarta (13), não costuma dar entrevistas. Também não gosta de ver os filhos, Maria Eduarda (22), João (20), Pedro (18), José Henrique (9) e Miguel (sete meses), expostos nos jornais.

Uma pessoa próxima à família afirmou que a primeira-dama temia prejudicar o marido e, por isso, era arredia com jornalistas.

Acompanhe a cobertura da morte de Campos

Campos, morto aos 49, e Renata, que completa 47 na terça (19), eram vizinhos quando crianças. Começaram a namorar quando ele tinha 15 anos e ela, 13. Entre namoro e casamento, estavam juntos havia 33 anos.

O político se referia a ela como "dona Renata", expressão que caiu no gosto da presidente Dilma Rousseff, que também a trata dessa forma.

Diego Nigro-27.mar.2014/JC Imagem/Folhapress
Renata Campos com o filho Miguel, Eduardo Campos e Magdalena Arraes, em evento no Recife, em março passado
Renata Campos com o filho Miguel, Eduardo Campos e Magdalena Arraes, em evento no Recife, em março passado

Renata projeta uma imagem de pessoa simples, que não abre mão do papel de mãe e de dona de casa. Não tinge os cabelos e evita roupas de grife. Usa adornos regionais e gerencia uma grande feira anual de artesanato.

Mas quem convive com Renata a descreve também como exigente e detalhista, alguém que fala com desenvoltura sobre qualquer assunto e tem opiniões levadas em conta por secretários e assessores do marido.

Economista, Renata se licenciou do emprego no Tribunal de Contas de Pernambuco em 2007, quando o seu marido assumiu o governo do Estado, e ela foi cedida à administração estadual.

No período, comandou o "Mãe Coruja", programa de assistência a grávidas pobres.

Com DANIEL CARVALHO, de São Paulo, e FÁBIO GUIBU do Recife


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