O ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga lamentou a morte do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos.
"O país vai ficar de luto por um bom tempo", disse. "É um tremendo choque, num momento tão importante. Ele era uma pessoa com uma história de sucesso e competência. É absolutamente lamentável e triste o que aconteceu."
Arminio discursou em evento que reunia assessores econômicos dos candidatos. Ele contribui na formulação do programa econômico de Aécio Neves, candidato do PSDB.
O economista Alexandre Rands, que trabalhava na campanha de Campos, estava no evento quando soube da notícia. Visivelmente emocionado, tentava buscar informações sobre o ocorrido. "Ele estava no avião. Ainda não sabemos quem estava com ele", disse. "Ele era amigo meu e da minha família".
O irmão de Alexandre, o ex-deputado Maurício Rands, era um dos coordenadores da campanha de Campos.
A notícia chocou os economistas, os banqueiros e os empresários presentes.
Eduardo Campos era um dos palestrantes esperados no evento, organizado pela revista "Exame". Ele, porém, havia adiado sua participação porque tinha um compromisso de campanha em Santos, no litoral de São Paulo.
Alexandre Rands, que é dono da consultoria econômica Macrométrica e colaborava na campanha, iria substituir o candidato, apresentando o seu programa econômico, mas não chegou a discursar. Naquele momento, a plateia recebeu a notícia da queda do avião em que estava o candidato do PSB.
Arminio Fraga, que daria palestra à tarde, antecipou sua participação. Abalado, começou sua apresentação com um longo suspiro. Na plateia, os presentes buscavam informações na internet em seus telefones celulares.
Ao fim da apresentação de Arminio, o jornalista Ricardo Boechat, que mediava o evento, confirmou a morte de Eduardo Campos aos presentes, que fizeram um minuto de silêncio.
Depois da notícia da morte do candidato, o ministro Guido Mantega (Fazenda), que discursaria em seguida, ligou para os organizadores e cancelou sua ida ao evento, .