Folha de S. Paulo


Coordenador de Padilha chama Aécio, Alckmin e Serra de 'turma do balde'

Coordenador da campanha do PT ao governo de São Paulo, Emídio de Souza, ironizou nesta segunda-feira (11) a gestão da crise hídrica do sistema Cantareira pelo PSDB.

Em seu Twitter, Emídio, que é presidente do PT no Estado, afirmou que, pela administração tucana, São Paulo agora terá abastecimento com "lata d'água na cabeça".

Na mensagem, o petista exibe ainda a frase: "caminhão pipa é para os fracos" e divulga uma montagem com as fotos do governador Geraldo Alckmin (PSDB), do presidenciável e senador Aécio Neves (PSDB-MG), do ex-governador e candidato ao Senado José Serra (PSDB-SP) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Reprodução/Twitter/@EMIDIOdeSOUZA_
Imagem publicada pelo coordenador da campanha do PT em SP, Emídio de Souza, em seu Twitter
Imagem publicada pelo coordenador da campanha do PT em SP, Emídio de Souza, em seu Twitter

Ao lado da cúpula do PSDB, Emídio estampou a imagem da empresária Isabela Raposeiras, dona de um café, que afirmou fazer parte da "elite branco-europeia" que sofre preconceito no Brasil.

A crise de abastecimento é um dos principais temas da sucessão ao Palácio dos Bandeirantes e vem dominando os embates entre Alckmin, que busca à reeleição, e seus adversários Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB).

Na semana passada, o tucano e o petista protagonizaram o primeiro embate público da campanha com troca de alfinetas pela situação do abastecimento.

Em referência a Padilha, o qual afirmou na terça-feira (5) que o tucano vive "no mundo da propaganda do Estado e da Sabesp" na crise de escassez de água, o governador afirmou que não se deve "subestimar a inteligência das pessoas".

Em resposta, Padilha disse que o PSDB tem de deixar a "arrogância" de achar que é o "dono da verdade" e acusou o governador de promover um "racionamento sujo".

Já Skaf publicou nesta segunda em seu perfil no YouTube uma paródia de "Lepo Lepo", principal hit do Carnaval deste ano, na qual ataca o governador pela crise de abastecimento do sistema Cantareira.

CRISE

A Folha mostrou nesta segunda que São Paulo já tem cerca de 2,1 milhões de pessoas submetidas a racionamento oficial de água –o equivalente a 1 em cada 20 habitantes do Estado mais populoso do país.

Esses paulistas convivem com interrupções diárias no abastecimento, que duram de quatro horas a dois dias seguidos, aponta levantamento feito pela Folha com mais de 200 municípios que não são atendidos pela Sabesp.

A empresa estadual é responsável por fornecer água a 27,7 milhões de pessoas em 364 cidades no Estado. Ela nega haver adotado rodízio de água em qualquer uma delas, inclusive na capital, embora moradores relatem interrupções no abastecimento principalmente à noite.


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