Folha de S. Paulo


Juiz rejeita ação de Skaf contra Alckmin por propaganda no Facebook

O juiz Marcelo Coutinho Gordo, do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, declarou improcedente a ação movida pela coligação do candidato Paulo Skaf (PMDB) contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição, por propaganda eleitoral antecipada na internet.

A decisão é desta sexta-feira (8). Cabe recurso ao plenário do TRE.

Na ação, a coligação do peemedebista acusava Alckmin de tentar inflar o número de seguidores de sua página no Facebook com o pagamento de publicidade na rede, o que seria uma violação à lei da propaganda eleitoral.

Para Coutinho Gordo, a promoção de determinada figura pública não é suficiente para caracterizar a propaganda eleitoral. É necessário, segundo o juiz, "elementos, que, ainda que de maneira velada, tencionem a incutir a ideia de que a personalidade é a mais indicada a ocupar determinado cargo eletivo".

Para o magistrado, "é inegável que o expediente de links e posts patrocinados permitiu a potencialização de seguidores".

"Mas daí a constituir desvio eleitoral vai uma longa distância. Autenticou, antes de tudo, o potencial das chamadas redes sociais, em particular do Facebook. Nada mais do que isso", escreveu, em sua decisão.

Zanone Fraissat - 25.out.2013/Folhapress
Paulo Skaf, candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB
Paulo Skaf, candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB

Os pagamentos pela divulgação foram feitos por Felipe Sigollo, tesoureiro do diretório paulista do PSDB. Sigollo gastou US$ 7.604,88 em seu cartão de crédito pessoal pela publicidade, informou o Facebook ao TRE.

A coligação de Skaf pedia à Justiça que determinasse ao Facebook a exclusão dos seguidores extras que Alckmin teria ganhado com posts e links patrocinados, além de multa por propaganda eleitoral antecipada, já que a publicidade foi divulgada antes de 5 de julho.

Nesta quinta (7), a Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo se manifestou favorável à punição com multa ao governador Geraldo Alckmin, mas descartou a necessidade de se excluir os seguidores extras.


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