Folha de S. Paulo


Comerciantes da região do Templo de Salomão eliminam pinga do cardápio

Lá fora, a imagem do bispo Edir Macedo era projetada na fachada de 52 m de altura. Dentro da Galeria do Templo, a miniatura de 10 cm do Templo de Salomão saía por até R$ 9,90.

Comerciantes viram na inauguração da igreja uma oportunidade. A família de Bruno Causo, 28, que frequenta um culto para empresários na Universal, abriu a loja há 20 dias. Ele calcula receber até 2.000 pessoas por dia, atrás de itens como o boné "Yes! Jesus Salva" (R$ 14,90). Hoje, a Galeria faturou R$ 5.000.

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Bares da região tiraram a bebida alcoólica do cardápio para agradar a nova clientela. O Didonys Cafeteria virou Skina do Templo e não tem mais cerveja, pinga e caipirinha. "É uma logística diferenciada", diz Bruno Freitas, consultor da casa –que vende réplicas da réplica da obra salomônica (três por R$ 100).

A Universal armou sua própria logística diferenciada. Uniformizados de branco, centenas de membros de sua Força Jovem cercavam o quarteirão, como se abraçassem a igreja. Estavam lá para dar "segurança". Houve confusão com moradores impedidos de passar pelo entorno.


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