Folha de S. Paulo


Petista absolvido no mensalão tem candidatura indeferida no Pará

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará indeferiu, nesta quarta-feira (30), a candidatura ao Senado do ex-deputado federal Paulo Rocha (PT). Cabe recurso da decisão.

Rocha renunciou à Câmara em 2005, após ser apontado como um dos envolvidos no mensalão.

A sessão teve três votos a favor e dois contrários ao indeferimento da candidatura. Rocha foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa –seu registro de candidatura foi negado pelo fato de ele ter renunciado ao mandato de deputado federal para não responder a um processo de cassação.

Em 2005, Rocha renunciou ao mandato minutos antes de o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurar processos contra os acusados de envolvimento no mensalão.

Tarso Sarraf - 26.nov.2012/Folhapress
O ex- deputado federal Paulo Rocha, absolvido pelo STF no caso do mensalão
O ex- deputado federal Paulo Rocha, absolvido pelo STF no caso do mensalão

Após a renúncia, Rocha foi eleito novamente deputado federal em 2006. O petista foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro em 2012, após um empate em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal).

Rocha havia registrado a candidatura pela coligação "Todos pelo Pará", composta pelo PT, PMDB, PC do B, PDT, DEM e outros seis partidos.

No início deste mês, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita a Belém, manifestou apoio à candidatura de Rocha ao Senado. "Paulo, você tem que ir para esta eleição de cabeça erguida", disse na ocasião.

A reportagem não conseguiu localizar Paulo Rocha na noite desta quarta-feira para ouvi-lo em relação ao indeferimento da candidatura.

A assessoria do ex-deputado informou à Folha que Rocha está em viagem no Pará, sem acesso telefônico, mas que o advogado do petista entrará com recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para reverter o indeferimento da candidatura.

Ainda segundo a assessoria, Rocha entende que há precedentes para poder disputar o atual pleito, já que ele pôde concorrer nas eleições de 2006 ao cargo de deputado federal, ao qual foi eleito, e também nas de 2010, para o Senado, quando não conseguiu se eleger.


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