Folha de S. Paulo


Aécio diz que, se eleito, fará superavit primário 'possível'

O candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) afirmou que o superavit primário de seu governo, caso seja eleito, será o "possível".

"O superavit deve sempre existir, feito de forma absolutamente transparente, diferente daquilo que ocorre hoje, mas ele será o possível", afirmou nesta quarta-feira (30) durante coletiva de imprensa na CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Segundo o senador, o superavit a ser alcançado em seu governo passará pela meta de elevar a taxa de investimento do governo para cerca de 24% do PIB (Produto Interno Bruto) - hoje, o país investe cerca de 18%.

Alan Marques/Folhapress
Aécio Neves conversa com empresários durante encontro promovido pela CNI
Aécio Neves conversa com empresários durante encontro promovido pela CNI

O superavit primário é a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública. Em 2014, a meta é economizar R$ 99 bilhões.

Aécio criticou o uso de receitas extraordinárias pelo governo Dilma Rousseff para atingir a meta de superavit primário, prática que classificou como "alquimia contábil".

"O superavit de 1,9% do PIB alcançado no ano passado foi constituído em sua metade por receitas não recorrentes, com [os recursos do leilão de] Libra, cerca de R$ 15 bilhões, e do [programa de parcelamento] Refis, cerca de R$ 20 bilhões", afirmou.

Segundo o candidato, o ano que vem será de dificuldades para a economia do país.

"O ano de 2015 já está precificado pela desarticulação do setor elétrico, pela situação da Petrobras, que precisará ter seu papel na economia brasileira redefinido", disse.


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