Folha de S. Paulo


MST ocupa fazenda no Distrito Federal com registro de trabalho degradante

Pouco mais de 600 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram, na madrugada deste sábado (26), uma fazenda em Planaltina, Distrito Federal.

Há duas semanas, o Ministério Público do Trabalho no DF e Tocantins resgatou 33 trabalhadores no local em situação degradante. Eles estavam em alojamentos superlotados, não receberam equipamentos de proteção para colheita do café e não tiveram carteira de trabalho assinada.

Diante dessa situação, o MPT convocou a empresa Rural Whittmann Agropecuária Ltda, proprietária da fazenda, a pagar verbas trabalhistas e realocar os funcionários. Todos eles, no entanto, decidiram retornar à cidade natal, na Paraíba, segundo a assessoria de imprensa.

A reportagem não conseguiu localizar representante da empresa até o início da manhã deste sábado.

O MST defende que a área seja destinada à reforma agrária. "O Parlamento, depois de 15 anos, decidiu pela expropriação de propriedades rurais e urbanas de empregadores culpados de utilização de trabalho escravo ou análogo à escravidão e é a isto que estamos reivindicando", diz Edmar Tavares, integrante da coordenação do movimento.

Segundo o Ministério Público do Trabalho, a fazenda tem 58 hectares e 250 mil pés de café.


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