Folha de S. Paulo


Para presidente do PT-SP, Alckmin 'chegou ao teto' e agora 'só tem a cair'

O presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, afirmou que o governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) chegou ao "teto" das intenções de voto e agora "só tem a cair".

Emídio é coordenador da campanha do candidato petista ao governo, Alexandre Padilha, estancado com 4% das intenções de votos segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (17). O peemedebista Paulo Skaf tem 16%, percentual inferior ao apontado pelas medições internas das legendas, e Alckmin 54%.

O coordenador comentou a pesquisa antes do primeiro ato de campanha do PT em São Paulo, na praça do Patriarca, centro da capital. "O Alckmin, eu acho, é daí pra baixo. Ele não tem mais para onde crescer, está há quatro anos [no governo]. Ele começou no teto e o outro [o candidato do PMDB Paulo Skaf] começou caindo do teto. Acho que o Padilha tem toda uma avenida para crescer", disse.

Nesta quinta, Padilha já havia feito comentário semelhante à Folha sobre o resultado. "As pessoas conhecem essa história. Tem candidato que usou quatro anos de exposição pessoal por meio da estrutura do governo estadual ou de sua entidade de classe. E a pesquisa mostra que eles chegaram no teto mais cedo -alguns inclusive já começaram a cair do teto. Vocês verão uma mudança de verdade na pesquisa de outubro", afirmou.

Emídio diz que Padilha buscará votos petistas que "não estão com o partido hoje". "Provavelmente tem muito simpatizante do PT que está com o Alckmin ou com os demais candidatos", acrescentou.

Jorge Araujo/Folhapress
Alexandre Padilha (PT), o ex-Presidente Lula e Fernando Haddad em frente a Catedral Sé, em São Paulo
Alexandre Padilha (PT), o ex-Presidente Lula e Fernando Haddad em frente a Catedral Sé, em São Paulo

RESPOSTA TUCANA

O presidente estadual do PSDB, Duarte Nogueira, rebateu as declarações do coordenador da campanha adversária. Segundo ele, Alckmin tem bons índices de aprovação pessoal e dizer que ele está no teto é "subestimar a inteligência do eleitor". "O PT está um pouco desorientado pela inviabilidade eleitoral de seu candidato. Enquanto o governador começa a campanha com 54% das intenções de voto, o candidato petista tem 4%,".


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