Folha de S. Paulo


Manifestantes fazem paródia de grito argentino em protesto no Rio

Manifestantes que participam na tarde deste domingo (13) de um protesto próximo ao Maracanã, zona norte do Rio, parodiaram o já tradicional canto da torcida argentina– a que diz " Brasil, decime qué se siente, tener en casa a tu papá" e que termina com "Maradona és más grande que Pelé"– com letras de protesto.

"Sou do Rio de Janeiro, terra de samba e Carnaval. Eu juro que se venderem o Maraca, nós vamos matar o [Sérgio] Cabral (ex-governador do Rio). Dale, dale, daleô, o 'maraca é nosso", cantam militantes da FNT (Frente Nacional dos Torcedores), que prega contra a chamada "elitização dos estádios".

O grupo participa da primeira manifestação do dia marcada para o entorno do Maracanã. Os manifestantes se concentram na praça Saens Peña, a 2 km do estádio, palco da final.

Uma outra música pede a volta da "geral", espaço sem assentos no Maracanã com ingressos populares, extinto nos anos 1990. "Viemos para conquistar o 'maraca' popular. Não é da Odebrecht, nem do Cabral, devolvam a nossa geral."

A manifestação está concentrada na praça a espera de outros ativistas que darão aqui início ao segundo protesto do dia.

O contingente policial na praça é grande. A reportagem contou em torno de 300 – 30 grupos de 10 – espalhados. Há carros do Batalhão de Choque nas ruas paralelas do bairro.


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