Folha de S. Paulo


PSDB pede investigação de site por campanha difamatória contra Aécio

O PSDB pediu que a Procuradoria da República em Minas Gerais investigue o site Poços 10. De acordo com o partido, a página está sendo usada para promover uma campanha difamatória contra o senador e candidato tucano à Presidência, Aécio Neves.

O requerimento enviado à procuradoria também solicita que seja investigado o possível envolvimento do vereador petista Paulo Tadeu, presidente da Câmara Municipal de Poços de Caldas, com o portal.

O domínio do Poços 10 foi registrado pela mesma pessoa que registrou o site oficial de Tadeu.

Em nota, o vereador negou que tenha envolvimento com a fabricação de notícias difamatórias contra Aécio.

Reprodução
PSDB diz que site Poços 10 faz campanha difamatória contra Aécio Neves
PSDB diz que site Poços 10 faz campanha difamatória contra Aécio Neves

A NOTÍCIA FALSA

Uma notícia publicada em maio pelo portal acusava Aécio de ter usado a primeira filha, Gabriela, para fazer contrabando internacional de diamantes. Ainda de acordo com o site, a ex-mulher do senador, mãe da jovem, o havia denunciado pela prática.

Aécio e sua primeira mulher, Andrea, já desmentiram a informação em suas páginas do Facebook.

"O absurdo e a covardia dos autores dessa calúnia são exemplos de tudo o que não podemos mais aceitar na atividade política no nosso país", escreveu o candidato no dia 1º. Ele disse que a falsa notícia faz parte de uma "sórdida campanha de mentiras e calúnias patrocinadas pelos meus adversários".

"O texto é tão absurdo que beira o ridículo e subestima a inteligência do leitor", escreveu Andrea. "Eu me admiro que pessoas supostamente 'esclarecidas' estejam divulgando uma baixaria dessas", acrescentou.

A acusação de tráfico havia sido inicialmente publicada pelo site Pragmatismo Politico, mas foi retirada do ar.

Aécio Neves chegou a entrar na Justiça para tentar impedir que sites como Google disponibilizem em suas páginas notícias que, segundo ele, são falsas, produzidas por adversários políticos com o objetivo de prejudicar a sua imagem.

Os ministérios públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo passaram a investigar uso de pessoal e infraestrutura públicos em ataques a Aécio pela internet. No Rio, a Justiça determinou apreensão de computadores em um prédio da Eletrobrás.

Em São Paulo, a Promotoria de Guarulhos investiga a utilização de equipamentos e servidores da prefeitura para a criação de perfis falsos, em redes sociais, que vinculavam o senador a hábitos como o consumo abusivo de álcool. Uma funcionária da prefeitura, Nataly Diniz, administrava a página "Aécio Boladasso" no Facebook.


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