Folha de S. Paulo


Arrecadação este ano será mais difícil que em 2010, diz tesoureiro do PSDB

O coordenador financeiro do candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves (MG), José Gregori, avaliou nesta quarta-feira (9) que será mais difícil arrecadar recursos para as eleições deste ano em comparação com a de 2010.

Gregori, ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, disse que o cenário econômico é diferente ao da disputa passada quando o país vivia uma situação melhor. "A situação econômico-financeira não é eufórica e isso sempre se reflete, mas de qualquer maneira a gente quer fazer uma campanha modesta e que supra o essencial, sem nenhum tipo de desvario, afirmou.

Nos documentos enviados à Justiça Eleitoral, a chapa tucana, formada por Aécio e seu vice, Aloysio Nunes, prevê despesas com teto de R$ 290 milhões. Na última eleição presidencial, quando era José Serra o candidato do PSDB, os tucanos registraram um teto de R$ 180 milhões (R$ 228 milhões, atualizados).

Na avaliação de Gregori, os maiores doadores devem ser as empreiteiras e as empresas, como em disputas anteriores. "No Brasil há uma cultura política que ainda não foi modificada. A minha esperança é que se modifique, mas ainda são os grandes doadores que sustentam todas as campanhas". disse Gregori.

De acordo com ele, a campanha eleitoral só começará a buscar recursos depois que a Justiça Eleitoral confirmar o registro da candidatura. "O esforço é não fazer dívidas e que a campanha não aceitará dinheiro não contabilizado", concluiu o ex-ministro.

Além de Gregori, os principais arrecadadores da campanha serão Sérgio Freitas, ex-diretor do Itaú, e Oswaldo Borges da Costa Filho, que presidiu a Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) e é extremamente próximo de Aécio.

O ex-ministro esteve presente no velório do deputado federal Plínio de Arruda Sampaio, que morreu nesta terça-feira (9), aos 83 anos, por uma broncopneumonia que provocou a falência de múltiplos órgãos e sistemas.

O velório teve início às 8h na paróquia São Domingos, em Perdizes, na zona oeste de São Paulo. O enterro está marcado para as 15h30, no cemitério do Araçá, também na zona oeste. Além de Gregori, estiveram presentes familiares, amigos e políticos tanto do PSDB quanto do PT.


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