Folha de S. Paulo


Candidato ao Senado do Pros do Rio pode deixar disputa nesta sexta

Presidente do Pros do Rio de Janeiro, o deputado federal Hugo Leal deverá anunciar até a sexta-feira (4) se aceita concorrer ao Senado na chapa de Anthony Garotinho (PR).

Leal teria boas chances de reeleição para a Câmara dos Deputados, mas a conjuntura política e o acordo entre Pros e PR o empurraram à vaga de postulante ao Senado, onde concorreria com Cesar Maia (DEM), aliado do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), e Romário (PSB), que tentará uma cadeira coligado ao candidato a governador Lindbergh Farias (PT).

Desde a semana passada, Leal tem confidenciado a aliados que a disputa ao Senado o deixa inseguro quanto a seu futuro político. O cenário já era difícil, mas ao menos Leal poderia desfrutar da condição de candidato único do Planalto entre os nomes no cenário. Ele, porém, perdeu esse privilégio depois que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, resolver entrar na disputa em uma candidatura avulsa da chapa de Pezão, que terá Maia.

Leal era esperado em um ato organizado por Garotinho na tarde desta quinta-feira (3), mas não apareceu. Na ocasião, Garotinho oficializou o major bombeiro militar Marcio Garcia, preso durante uma greve de sua categoria em 2011, como seu candidato a vice-governador. Sobre a ausência, Garotinho afirmou que até a tarde de quinta-feira "não recebeu nenhum comunicado oficial do Pros quanto à suposta desistência de Hugo Leal (RJ) de concorrer ao Senado".

A coligação do Pros com o PR de Garotinho foi articulada pelo Palácio do Planalto, que queria garantir o apoio do PR nacional à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à reeleição. Lindbergh, que queria contar com o Pros, ficou sem o aliado. Parte do próprio Pros preferia se aliar à candidatura de Marcelo Crivella (PRB) em vez de Garotinho. Com tantos descontentamentos, a desistência de Leal é vista, no bastidor, como uma probabilidade.


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