Folha de S. Paulo


Secretaria da Saúde contabiliza 23 vítimas de queda de viaduto em MG

Cerca de quatro horas após a queda de um viaduto na região norte de Belo Horizonte, as informações sobre mortos e feridos ainda são desencontradas.

A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, que concentra os dados sobre os atendimentos em hospitais e unidades de pronto-atendimento das vítimas do desabamento, informou na noite desta quinta-feira (3) que há 23 vítimas no total. Entre elas, há uma morte confirmada e 22 feridos.

A Secretaria de Saúde chegou a confirmar dois óbitos, mas depois afirmou que uma das mortes é "presumida", uma vez que as equipes de resgate ainda não conseguiram chegar ao interior de um dos carros atingidos pelos escombros.

O óbito confirmado até o momento é de Hanna Cristina, motorista de um micro-ônibus também atingido parcialmente pela estrutura do viaduto. A filha de cinco anos da motorista estava no veículo com a mãe no momento do acidente. Ana Clara dos Santos teve ferimentos leves e foi atendida no hospital Risoleta Neves.

Apesar dos número da secretaria, o prefeito Márcio Lacerda (PSB) deu uma entrevista à imprensa na noite desta quinta e disse que o desabamento provocou duas mortes e deixou 19 pessoas feridas. Para ele, "certamente" um erro "de projeto ou construção" causou o acidente.

Já os bombeiros, ainda apontavam no início da noite uma morte e 13 feridos. A corporação ainda não descarta que o motorista do Fiat Uno possa estar vivo sob as ferragens.

Pelos dados da secretaria, 12 feridos foram encaminhadas para o Hospital Risoleta Neves, o mais próximo do local do acidente. Três trabalhadores da obra foram para o Hospital Odilon Behrens.

Os outros pacientes foram encaminhados para duas unidades de pronto-atendimento, e três feridos foram atendidos e liberados no próprio local do acidente.

A secretaria informou que "todos os pacientes estão estáveis, sem risco de morrer".

Fábio Junior Silva, um dos trabalhadores da obra, foi transferido para o pronto-socorro do hospital João 23 para fazer exames, segundo a secretaria.

DESABAMENTO

Editoria de Arte/Folhapress

O viaduto desabou por volta das 15h e atingiu quatro veículos que passavam pela avenida Pedro 1º.

A obra da prefeitura integra uma das linhas do BRT (via rápida de ônibus) criadas para a Copa, e é financiada pelo governo federal, por meio do PAC da Copa.

O contrato da obra foi vencido pelo Consórcio Integração, formado pela Cowan e pela Delta. Essa última, no entanto, deixou o consórcio oficialmente em julho de 2012 (após ter acertado a saída um mês antes). Com isso, a obra ficou sob a responsabilidade apenas da Cowan.

Procurada pela reportagem, a construtora afirmou que "lamenta profundamente". "Neste momento, a prioridade é o apoio às vitimas e aos familiares. A empresa informa que já enviou ao local a equipe técnica para iniciar as investigações", disse em nota.


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