Folha de S. Paulo


PROS prega 'Dilminho', voto conjunto em Dilma e Garotinho no Rio

Com convenção estadual marcada para domingo (29) no Rio, o PR, que terá como candidato a governador Anthony Garotinho, estreita as relações com o Planalto, o terceiro maior colégio eleitoral do país.

Para obter o apoio do PR nacional e cerca de um minuto na propaganda de TV para Dilma, o Planalto tirou o PROS, que negociava apoio a Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio, do alcance do candidato petista para entregá-lo a Garotinho. O PROS do Rio, que oficializou o apoio a Garotinho na quinta-feira (26), agora surfa nas fragilidades das chapas adversárias no Estado para lançar o "Dilminho", o voto conjunto em Dilma e em Garotinho, como o palanque exclusivo da presidente no Rio.

Além de Garotinho, Dilma tem três palanques aliados no Estado: o do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o de Lindbergh Farias (PT) e o de Marcelo Crivella (PRB). O do PMDB, Dilma divide com o rival Aécio Neves (PSDB) e até com o pastor Everaldo (PSC). Entre prefeitos, deputados e candidatos do PMDB, se pode dizer até que a maioria já ingressou no "Aezão", com o voto em Pezão e Aécio.

No palanque de Lindbergh, um acordo entre PT e PSB puxou para a campanha o presidenciável Eduardo Campos (PSB), representado pelo candidato ao Senado, Romário, obrigando Dilma a dividir os holofotes com o ex-governador de Pernambuco e mesmo com Eduardo Jorge (PV), que disputará a Presidência pelo aliado PV.

O palanque de Crivella também estaria livre só para Dilma, mas a candidatura enfrenta uma semana difícil e ele teve de lançar uma nota para afastar rumores de que sairia da disputa. A convenção do PRB está marcada para o domingo.

O presidente do PROS do Rio, deputado federal Hugo Leal, disse que a afinidade com Garotinho foi fundamental para a coligação mas enfatizou que a eleição nacional e o apoio à presidente foram fundamentais.

"A ideia é exatamente essa. No cenário nacional, ofereceremos a Dilma um palanque exclusivo no Rio, em que ela não dividirá espaços com ninguém. Na nossa coligação, não tem orgia e nem bacanal. Temos uma parceria republicana (com Garotinho)", afirmou Leal, fazendo menção a críticas internas às coligações de PT e PSB, apontada pelo deputado federal Alfredo Sirkis (PSB) como "suruba", e a de PMDB com PPS, PSDB e DEM, descrita pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) como um "bacanal eleitoral".


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