Folha de S. Paulo


Episódio com atirador na Copa foi 'corriqueiro', diz ministro da Justiça

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, definiu como "normal" e "corriqueiro" o episódio no jogo de abertura da Copa em que um atirador de elite pediu autorização de seus superiores para abater um suspeito. Segundo ele, tudo ocorreu dentro do protocolo previsto.

"Durante uma operação de segurança, há muitas situações que acontecem. Eu acompanhei desde o período da manhã todas as operações. E isso foi tão dentro do protocolo que nem chegou a nós. Não houve nem consulta ao Centro de Comando e Controle", afirmou o ministro, em referência ao centro de monitoramento de segurança do governo.

Como revelou a Folha nesta sexta-feira (27), uma falha no esquema de segurança quase terminou em morte dentro do estádio do Itaquerão, em São Paulo, durante a partida entre Brasil e Croácia, no último dia 12.

Um atirador de elite avistou um homem armado próximo à tribuna onde estavam a presidente Dilma Rousseff, chefes de Estado e autoridades da Fifa, e chegou a pedir a autorização de seus superiores para abater o suspeito.

O homem foi identificado como um policial e o disparo não ocorreu.

"O 'sniper' [atirador de elite] avisa ao comando dele e fica a postos. Isso acontece centenas de vezes em qualquer operação. Basta que identifique uma pessoa estranha para ficar a postos. Repito: foi [uma operação] tão corriqueira que sequer chegou ao centro de comando e controle. Uma situação completamente normal", afirmou.


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