Folha de S. Paulo


Pra gringo ver: O fim da exceção

Os Estados Unidos, no dizer do "New York Times", ainda estão tentando "entender as emoções" do jogo contra Portugal.

Mas a "New Yorker" já sabe qual foi a mensagem: "Os americanos, como quase todo o resto do mundo, ficaram loucos pela Copa".

Ela "venceu o excepcionalismo americano" graças à globalização, à tecnologia, mas sobretudo porque: "Apesar das preocupações pré-torneio quanto a protestos e estádios inacabados, o Brasil está realizando seu potencial" com uma Copa "maravilhosa", até aqui "a melhor da história".

Daí a audiência da TV americana, que motivou no "NYT" o título "Maior do que o beisebol", anotando que também superou basquete (NBA) e hóquei (NHL).

O fenômeno televisivo, que segundo a "AdAge" vem desde a abertura, avança também pelas redes sociais, segundo a "FastCompany".

E já tem petição popular junto à Casa Branca, por feriado na quinta-feira (26), dia do jogo contra a Alemanha, segundo o site "Politico".

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O DIA DA MUDANÇA

No enunciado da "New Yorker" para sua análise do empate emocionante entre EUA e Portugal, "O dia em que a América se apaixonou pela Copa do Mundo".

Reprodução/The New Yorker

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Equilíbrio

Primeira agência de notícias a apontar a ausência de caos no evento, a Reuters reequilibra a cobertura com a longa reportagem "No Brasil, engenhosidade pinta as rachaduras da Copa", sobre o "jeitinho" dos brasileiros que vêm salvando os torcedores estrangeiros.

Também destacou a volta das manifestações pelo país, ainda que pequenas, no dia do jogo do Brasil.

Equilíbrio 2

Também o "Wall Street Journal" tratou de publicar que a "euforia com a Copa mascara as aflições econômicas do Brasil", noticiando a pesquisa em que economistas preveem crescimento menor. Ouve os bancos Santander e Goldman Sachs, anotando que uma "eliminação da Copa traria um duro teste de realidade".

Vaivém

No "Financial Times", um blog diz que "o próximo passo" para a presidente Dilma é converter o espírito de festa em votos. Outro diz que ela, na verdade, deve torcer para que a sensação toda "não se esvaia" junto com a queda na confiança do consumidor.

E um terceiro noticia que os investidores estrangeiros, segundo levantamento, estão menos preocupados com os emergentes e mais com a "geopolítica" –e a aplicação mais atrativa voltou a ser "títulos como aqueles do Brasil".


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