Folha de S. Paulo


Pra gringo ver: A mudança de humor

O zero a zero à tarde foi descrito mundo afora como "lixo", após 12 grandes jogos. Mas o oba-oba voltou logo em seguida com o gol mais rápido, dos Estados Unidos, e outros dois no final. No "New York Times" : "O entusiasmo enche os pulmões dos americanos".

E as agências internacionais de notícias puderam continuar a saudar "a mudança de humor" em relação à Copa, no dizer da Bloomberg, com os "maravilhosos primeiros dias", na Reuters. No resumo da Associated Press, "é hora de Jogo Bonito", não de se manifestar. No enunciado do "NYT", "Brasil dá vivas à Copa e os manifestantes estão com dificuldade para ser ouvidos".

E como aplicação?
A coluna de finanças da Reuters entrou no espírito. "As primeiras rodadas arrepiaram os torcedores, mas o que pode excitar os investidores sobre o Brasil?". Resposta: "Apesar das preocupações com a desaceleração, o país pode ser um grande ativo", com a demanda por commodities de China e outros.

Eleição
O "Guardian" também ecoa as agências na "mudança de humor", mas observa que "qualquer falha será usada contra Dilma Rousseff na eleição".

Invasão
Nos EUA, "USA Today", "Los Angeles Times" e outros destacaram a invasão americana de Natal, "experimentando o Jogo Bonito como nunca antes", na praia, por toda parte, desde antes do jogo.

Reconstrução
Já o "NYT" ecoou a entrevista do vice-presidente Joe Biden à Folha e postou na home que, em Brasília, ele "espera reconstruir a confiança junto à presidente brasileira, que ficou irritada com os relatos sobre espionagem da NSA", de Edward Snowden.

Reprodução/Jonathan Watts/guardian.co.uk
O jornal inglês 'The Guardian' foi ouvir ativistas como Nilcilene, que seguem perseguidos na Amazônia
O jornal inglês 'The Guardian' foi ouvir ativistas como Nilcilene, que seguem perseguidos na Amazônia

SUCESSO, MAS...
A boa vontade com o país se espalha. No site Vox, entre outros, "Luta recente do Brasil contra o desmatamento tem sido imenso sucesso". Mas o "Guardian", aproveitando o jogo da Inglaterra em Manaus, ouviu ambientalistas que seguem perseguidos na Amazônia, como Nilcilene (acima)


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