Folha de S. Paulo


Em convenção, Serra critica PT e diz que PSDB chegará unido na eleição

O ex-governador de São Paulo José Serra, que por anos travou um bate com Aécio Neves (MG) pelo protagonismo dentro do PSDB, disse na tarde deste sábado (14), durante a convenção que oficializou a candidatura do senador mineiro à Presidência da República, que o partido chegará "unido" na eleição.

Aécio foi aclamado candidato à Presidência da República pelo PSDB com 447 votos favoráveis dos 451 delegados. Houve 3 votos em branco e um nulo.

A primeira frase do discurso de Serra foi uma saudação ao mineiro, a quem chamou de "futuro presidente da República". "Nós temos um encontro marcado com o Brasil", disse Serra. "O PSDB chega unido para essa disputa", concluiu.

Acompanhe ao vivo a convenção do PSDB

O ex-governador abriu seu discurso com duras críticas ao PT e ao governo da presidente Dilma Rousseff, especialmente na área da Saúde. Serra foi ministro do setor durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O desempenho no cargo foi decisivo para que ele conquistasse o direito de disputar a Presidência pelos tucanos em 2002.

"O atendimento à saúde foi transformado numa peça publicitária, loteando e corrompendo a máquina, e embaralhando as prioridades", disse. Ele citou que saúde é uma das áreas de maior preocupação e queixa da população e que, na sua gestão, só 6% dos eleitores elencava o setor como o pior do governo.

"De 6% para 45%. Um verdadeiro salto olímpico no atraso." Com a reaproximação de Aécio, Serra passou a ser apontado como melhor nome para reassumir a área num eventual governo tucano.

Serra disse que o partido não sabe mais porque quer governar o país e disse que o governo Dilma usa de uma incompetência "metódica" para alcançar resultados tão ruins. Ele fez elogios a Aécio. Disse que o mineiro sabe reunir os melhores em torno de si, qualidade que teria se tornado evidente durante suas gestões em Minas Gerais.

E afirmou que a oposição terá que enfrentar a máquina de difamação do PT. "Ladrões da honra alheia, que só entendem a política como o terreno da destruição do outro"


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