Folha de S. Paulo


Vidraças de banco são quebradas em protesto anti-Copa em Porto Alegre

Um protesto contra a realização da Copa do Mundo resultou em uma série de atos de depredação no centro de Porto Alegre na tarde desta quinta-feira (12).

O Centro Integrado de Comando da prefeitura estimou em 500 o número de manifestantes.

Agências bancárias e placas alusivas à Copa foram alvo de ataques de manifestantes mascarados e de integrantes de grupos de temática punk. Um contêiner montado para o "Caminho do Gol", corredor de atrações que a prefeitura pretende promover nos dias de jogos na cidade, foi vandalizado. Os bombeiros foram chamados para apagar o fogo em um contêiner da coleta mecanizada de lixo.

A Brigada Militar acompanha o protesto, iniciado ao meio-dia, com dezenas de homens e integrantes da cavalaria, mas não houve registro de confronto até o início desta tarde.

Os manifestantes concentraram-se em frente à prefeitura e depois seguiram em marcha pelo comércio do centro da cidade.

O clima ficou tenso às 13h30, e alguns comerciantes decidiram fechar as portas enquanto a marcha passava.

Pelo menos três agências bancárias tiveram a vidraça quebrada, e o letreiro de uma loja do McDonald's foi depredado.

A porta de um prédio comercial da Oi foi apedrejada, e manifestantes rasgaram a lona de duas bancas de jornal que continham publicidade da Copa.

Por volta das 14h30, os manifestantes chegaram ao Largo Zumbi dos Palmares, na região central. Parte dos apoiadores da marcha se dispersou. Outros decidiram caminhar em direção à Fan Fest, festa da Fifa promovida às margens do rio Guaíba.

Durante o ato, os manifestantes fizeram coro com críticas à Fifa. A locutora de um carro de som leu um texto em apoio a greves do serviço público no Estado e sobre remoções de imóveis para obras ligadas ao Mundial.

O protesto contra a Copa recebeu críticas de moradores, comerciantes e pedestres do centro de Porto Alegre. Os manifestantes xingaram uma moradora que apareceu na sacada de um prédio com a camisa da seleção brasileira.

Participaram do ato militantes de partidos como o PSTU e PSOL e de centrais sindicais e integrantes de organizações do movimento estudantil.


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